terça-feira, 11 de junho de 2013

Oh passarinho, chegue mais perto! 
Te vejo aqui da varanda tão bonito. Se diverte pulando de um galho para o outro. 
Seu canto me faz um bem tão bom. E você parece sorrir. 
Mesmo que seu coração seja tão leve, e mesmo que eu esteja te vendo de tão longe, posso distinguir o bater do seu coração do bater das suas asas. Suas azinhas ligeiras e de um colorido mágico. Elas te levam para tão longe de mim... mas seu coração te traz de volta. Talvez te agrade essas árvores que eu plantei em volta de mim e só por elas que você venha. 
Ô passarinho, sou tão pesada e não sei voar como você. Fico tão presa aqui no chão e me sinto tão sozinha quando você não canta, Mas eu entendo. É porque não sou pessoa egoísta e quero que leve sua música por aí. Eu aguento a espera. 
Sabe passarinho, acho que fico tão velha enquanto te espero. E você está sempre com a mesma idade. Deve ser porque nunca me deixa te ver mais de perto. Que você tanto esconde de mim? Tem medo de que te ponha numa gaiola? Oh não pense tão mal de mim! Nunca poderia fazer isso com você. Se toda sua beleza vem do contraste de suas penas com o azul do céu e todo meu fascínio por você vem da sua liberdade. Eu gosto mais é de te ver voar e de ver sua leveza. Ela me ensina. Se pensa assim de mim é porque não entende o que eu sinto por você. É porque sente diferente por mim. Me entristece que pense assim e só queira voar para longe. Sei tão pouco sobre você. É que passarinho não fala. Mas mostra. E o que você me mostra eu guardo. Esses dias, te escapuliu uma peninha sabia? Eu guardei. Guardei porque ela me faz lembrar que você existe e está em algum lugar desse céu. E eu sei que enquanto estiver pelo céu você estará feliz. E eu te quero bem. Sei que enquanto houver céu haverá felicidade em você, passarinho. E a minha felicidade está em acordar todo dia e ver que, por mais um dia, o céu se abriu para que você voe.

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