sábado, 15 de outubro de 2011

Terapia de casal

Então, eu pergunto a vocês, como vocês se conheceram?
- Destino.
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- Na faculdade.
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- Eu não conheço esse homem.
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- Depois.
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- Eu também me pergunto isso todo dia (suspiros).
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- Eu também me pergunto isso todo dia  (dúvida).
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- Eu também me pergunto isso todo dia (choro descontrolado).
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- Internet.
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- Nunca houve esse dia. A gente se conhece desde sempre.
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- Somos primos!
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- No cosmos.
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- Na nossa vida passada.
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- No banheiro feminino.
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- Vomitando.
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- A gente faz um esforço enorme pra lembrar mas, nenhum dos dois lembra...
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- Durante o sexo.
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- Depois do sexo.
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- Depois que nos separamos.
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- Ela namorou minha prima uns tempos aí.
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- Ele era o melhor amigo do meu ex.
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- Numa festa de família na casa da prima do irmão da afilhada da tia da segunda mulher do meu avô.
Foi lindo!

domingo, 9 de outubro de 2011

Caso não valha (mais) a pena

    Pega o martelo e soca. Soca com força, com vontade. Esmigalha, espedaça. Faz virar pó. Virou pó?
Assopra. Assopra tudo. Põe para fora todo o ar de dentro, esvazia todo pulmão na causa de jogar para longe o pó. Espalhe-o para todos os lados, disperse-o ao infinito. Assopre para todos os lados para que não exista em lugar nenhum.
Limpe toda sujeira. Deixe a casa como quem espera visitas. Prepare-se para receber visitas.
Proteja-se da tentação, da recaída. Quem procura acha então, elimine os vestígios. Apague as pistas para não mais encontrar. Seja honesto, apague mesmo. O mínimo detalhe é motivo para que tudo venha a tona. Meadas são feitas de fios, basta seguir um fiapo para chegar ao novelo.
Certas coisas são tão fortes e significativas que a mínima gota tem a potência de contaminar todo pote. Nada novo é capaz de emerjir em plenitude. Nada novo nos toma em plenitude.
  
Se há algo que de fato queiras eliminar, primeiro tenhas coragem de romper com os laços que te unem a ela. Destrua-os, aniquile-os ao máximo. é preciso ser radical. Mesmo assim, ainda havendo sobras, esqueça-as. Deixe-as no fundo, a acumular poeira.