terça-feira, 20 de maio de 2008

Caso de identidade

Esses dias aconteceu algo que me deixou preocupadíssima! Sim, e com certeza já aconteceu a todos, e foi considerado um fato corriqueiro por esses outros, aposto. Um fato comum e somente meio incomodo, mas não grave. Mal sabem vocês! O que me aconteceu? O mais terrível, o que mais assombraria qualquer sujeito! Cortei meu dedo. E não foi do lado, na parte da frente da mão, não. Foi na digital, um pequeno, raso e deformador corte na minha expressão mais única e verdadeira! Nada diz de mim como ela, nem meus olhos, nem meu cabelo, formato do rosto, tamanho dos pés, nem qualquer parte do meu corpo nem a extensão dele: roupas, brincos, tatuagem, esmalte, celular, mochila; e nem o que faço desse meu corpo: alimentação, horas dormidas, horas de academia, horas de estudo. O que digo, o que penso, o que uso, o que gosto, nada disso é só meu. Sempre haverá uma comunhão de qualquer que me faça parte, exceto claro, minha digital. Ninguém possui esse mesmo desenho, essa marca é minha exclusiva, peça única, arte romântica. Agora percebem meu desespero, lesei a única parte que realmente sou.