domingo, 27 de janeiro de 2008

Nostalgia

sabe aqueles dias em que acima de tudo você se sente sozinho, filho único, longe de risos, longe do calor, da euforia, do fulgor...
Dias que pode virar semana, mês... tao doídos a princípio, que parece que por fim, seu corpo cria imunidade a esse vírus melindroso que te ataca a mente e endurece os sentidos, e entao, agora você surpreendentemente, já nada sente. Nada consegue sentir. Vibração já não é sentida há algum tempo, mas agora nem agústia é mais recebida em seu corpo, seu estado é vegetativo, incosciente, dopado, dormente. O pulsar de suas veias agora cessa. Nenhuma expressão pode ser vista ou sentida. Nem se pode dizer que há uma vida, há um corpo, quase um robô, que se alimenta de gestos mecânicos e repetitivos. Um aborto da natureza, nem homem, nem animal, nem qualquer outra coisa que não, coisa, uma coisa, um algo, um indefinível algo, que não cabe na classificação, nomenclatura ou designação de nenhum reino, espécie, nenhum tipo de verbo ou estado, nenhum tipo de criatura ou aberração, nem música, cifra, literatura ou momento...