domingo, 27 de dezembro de 2009

Projeto Piloto


A primeira, vamos ver... foi um rascunho, pintei nas costas de uma camisa velha, mas gostei demais.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Crise dos vinte anos

Não posso negar que fazer vinte anos foi algo impactante na minha vida, e estou escrevendo um pouco tarde sobre isso, já estou perto dos vinte e um e já me acostumei com toda a tensão. Mas, os meses que antecederam março do ano passado, me fizeram pensar bastante sobre minha vida, minha vida a partir dos vinte.
Primeiro, que quando a gente era criança e se imaginava com vinte anos (Meu Deus!), se imaginava um super adulto, super independente, trabalhando e quase casando, muito dona de si mesmo, linda e decidida, enfim, aquelas balelas que tem igual valor a fantasia do príncipe encantado (que ainda vou escrever sobre). E derrepente, a idade simplesmente chega. Quando você está com dezoito, tranquilo, ainda tem muita coisa ainda, você ainda é extremamente novinha, enfim. Aí você se aproxima dos vinte e seu gosto por homens dá uma volta de 360 graus, e você começa achar barrigudos charmosos e chega a colocar loiros e morenos no mesmo nível de beleza e derrepente acontece: você fica com um cara 10 anos mais velho que você, ou seja, você beijou um homem de 30 anos! Jesus! Eu disse que você beijou um HOMEM de TRINTA ANOS! É um choque. Não posso negar, o primeiro homem de cabelos brancos nunca se esquece. E quando isso acontece...
Quando você sai com suas amigas nos lugares que costumava ir e parece que a pirralhada dominou o mundo é o sinal. Quando você começa a dar mole pros tios de terno, é o sinal. Quando os amigos do seu pai começam a encontrar você na noitada, é o sinal. Quando sua mãe começa a ficar realmente admirada com a beleza dos seus namorados é o sinal. E ainda pior, quando a sua avó é super amiga da mãe do cara, o sinal já queimou de tanto que piscou. É... você está ficando velha, daqui a pouco você que está desfarçando os fios brancos com luzes. Sua mãe começou a ter os primeiros fios brancos aos 24. 24? Então só há mais uns poucos anos de virgindade capilar. SO-COR-RO!
É, dá vontade de gritar. Acho até que estou entrando na crise dos vinte outra vez. Mas, a questão é que os vinte anos não te fazem apenas perceber a pele mais enrugada. Tem muito mais coisa aí debaixo. Pensando dentro de uma cronologia mais banal, é dos vinte aos 30 que sua vida tem que se estruturar (eu disse e repito: dentro do pensamento do senso comum, o socialmente aceitável e considerado "normal"). Dos vinte aos trinta, a sociedade e seus pais esperam que você: se forme numa faculdade ou tenha uma profissão que te permita o auto-sustento; saia da casa dos seus pais e levante a bandeira da independência; arrume uma pessoa legal e se case (alguém mas teve calafrios na presença dessa última palavra? heim? heim? heim?calma que o pior está por vir) e tenha filhos (alguém desmaiado?). E isso principalmente para a mulher, a mulher é muito mais cobrada, sofre muito mais com a pressão social. Uma mulher com mais de trinta, solteira e sem filhos, corre o risco de ser assim pra sempre, é o que dizem nossas tias gentis. Então, uma menina de vinte anos tem que ser uma mulher de vinte anos, que se não tem pretendente, começa a fazer as contas do tempo útil que ainda lhe resta para que consiga arranjar um. Nem tanta pressa, porque seria dificil mantê-lo por quatro ou cinco anos, o mais provável é que ele escape, e você também não quer casar aos 22, por favor! É preciso calcular milimetricamente o tempo, os anos, para que no momento certo (nem muito cedo, nem tarde demais) você esteja com seu emprego, com seu noivo, planejando a cor dos cabelos dos filhos.
Tá, agora realmente estou sentindo a pressão nos ombros voltar. É verdade que os tempos estão mudando, amém. Mesmo antes, haviam aquelas lindas mulheres de vanguarda, vestidas de calça jeans, com livros nas mãos ao invés de colher de pau. Só que hoje em dia você tem que se virar com a colher de pau, a mamadeira, os livros, e mais o salto alto, o cabelo tem que estar arrumado, os prazos tem que ser respeitados...
Ainda não vivo todos esses imperativos, mais muitos deles já vivo sim. Mas, eu gosto de burlar a parte do cabelo sempre arrumado e principalmente do salto alto. Apesar de serem imperativos mais fortes hoje do que foram aos 19. Cada anos que passa parece que você está se vendendo mais e vivendo menos. E não se costuma perceber isso, você vive realmente no automático. Só quando você fica sem andar direito porque aparece uma hérnia na sua barriga ou duas ínguas na sua virilha, uma de cada lado, ou quando seu resfriado finalmente vira uma pneumonia, que você começa achar seriamente que está na hora de parar. E também, por mais que aquela mulher de vanguarda seja fálica, você também quer uma vidinha mais ou menos, uma casa, formar família e de preferência antes dos trinta, sim!
Claro que não dá para se entregar a neurose, e ficar correndo atrás de homem desesperadamente só pra casar antes dos trinta ou se formar em qualquer curso só para ter uma graduação, enfim.
Ahhh... talvez seja tudo igual na infância, balela (né? né? Diz que sim!). Antes, poderia falar assim, agora que estou dentro dos vinte a trinta, o cerco vem estreitando, confesso. Como estarei, ao ver meus prazos estourando?
Risível gente, muito risível esse texto. Eu, mulherzinha neurótica? (que bom, melhor que psicótica!). Tá, dor de cabeça, então... hora de parar (ou fugir?).

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Morte do eu-lírico

Há muito tempo esse nome me incomoda, então resolvi mudar. E talvez mude novamente. E mais uma vez. Enfim (reticências)