domingo, 23 de dezembro de 2007

No fim, não conseguia descobrir se era o meu coração ou o dele que batia tão acelerado.... depois pude ver que era o dele...
"(...)
seres deshumanos com cara
de humanos

seres que riem e fazem filas para
serem socialmene expiados
seres presos em circunstancias
de eterna e silenciosa futilidade
seres como eu
que so dizem a verdadepara a solidao calada
de um pensamento sensato"

Raphael Vizeu

Ouvi no Gragoatá

Numa quarta-feira incomum, sentada lá em baixo do meu querido bloco N, matando aula de antropologia, eis que ouço: "Nós transformamos a liberdade numa puta que anda de mão em mão". Pessoal de História, já eu diria "quem dera!". Infelizmente nossa sociedade extremamente tradicional, prefere as santinhas, as conservadoras. Já dizia Chico Buarque : "de que me vale ser filho da santa, mas valeria ser filho da outra...".

sábado, 1 de dezembro de 2007

"O teatro mágico entrada para raros"

No inicio era o verbo... e o verbo era Deus...
e o verbo estava com Deus,
e já não eram sós , ambos conjugavam-se entre si,
discutiam quem seria a primeira e a segunda pessoa,
quem era verbo... quem era Deus,
a ação e a interpretação... quem era a parte e quem era o todo.
Deus (o pai, o filho e o espírito santo),
era também o verbo (regular e irregular)
e todos questionavam-se sobre quem seria o sujeito
e quem seria o predicado,
quem se conjugaria no pretérito e quem renunciaria
a forma "mais que perfeita"!

Deus era o verbo e o verbo era Deus,
conjugavam-se de maneira irregular... explicitando suas diferenças,
reconhecendo os fragmentos e os complementos
buscavam a medida certa
E assim... reconheceram-se uno...
Eu deus, tu deus, ele deus, nós deus, vós deus... eles deus
Somos dotados deste curioso poder,
mudamos nosso significado, nosso signo,
nosso comportamento e nossos conceitos
(que por sua vez chegam ate nós depois de se modificarem
muitas e outras vezes!)
temos uma ferramenta e tanto nas mãos, e nos pés...
Temos acorrentados nossos motivos de sobra pra relaxarmos
e acomodarmos com a vida que levamos agora...

(...)

(Fernando Anitelli)

Kant

"(...) foram as doenças que deram origem a fisiologia; e não foi a fisiologia, e sim a patologia e a clínica que deram início à medicina. (...) para dizer a verdade, não sentimos o bem-estar, pois este é simples consciência de viver, e só seu impedimento suscita a fora de resistência."